quarta-feira, 1 de abril de 2009

Entendendo a (R)evolução - I



"(...)O que vem ocorrendo até agora tem sido a busca da transformação das massas, através de um trato com o ser humano como se este fosse gado, sem individualidade ou diferenças. Contudo, cada ser humano é único, e a ecologia - em seu sentido mais amplo - depende do respeito incondicional e estímulo à individualidade, para que assim cada ser humano cumpra sua real função na engrenagem planetária, sem disfunções ou distorções.

A evolução coletiva caminha rumo à individualização, pois se cada um se der ao trabalho de se autogovernar, antes de tentar governar a si através dos outros, estaremos entretidos cada um com seu próprio processo de evolução, não sobrando tempo nem espaço para as comuns intromissões de outrem - em forma individual, social, política e religiosa."

Texto de Johann Heyss (heyss@yahoo.com), músico e escritor, retirado do site Rizoma.net

Nota: "individualização" aparece aqui num sentido positivo, ou seja, individualidade relacionada a auto-conhecimento e não às individualidades que você observa (ou lhe são impostas) e "escolhe" seguir.


O Sith

terça-feira, 31 de março de 2009

Criança, a Alma do Negócio


A propaganda, a publicidade, e inclusive o marketing, são parte integrante da nossa cultura. São levadas a sério. Complementam os estilos de vida, mesmo que você não goste da marca, uma propaganda bacana é sempre uma propaganda bacana. Há bastante criatividade por trás de cada reclame, jingle, ou comercial. É algo que tem bastante força dentro de si. E também faz parte da nossa cultura aceitar as coisas como elas são, e se é sempre bacana e divertido um bom comercial, não há motivo para críticas, filosofias e outros leros-leros anti-capitalistas. Faz parte dessa cultura. Nossa cultura. E as coisas estão aí. Estamos nos formando, criando nossos filhos, pagando nossas contas, e às vezes temos críticas, mesmo que superficiais e imediatas sobre as coisas, mas a vida é assim. Pra quê perder tempo com tais coisas, se podemos sair e nos divertir, e esquecer os problemas, levar a vida devagar; apesar de, ou mesmo que quando isso resolvemos fazer, acabamos seguindo o caminho já ditado pelas propagandas e anúncios, e não nossos próprios passos?


P.S.: Semana passada assisti um vídeo interessante sobre propaganda, e ainda, mais precisamente falando, sobre um certo público-alvo, a criança. Ia postar uma crítica mais extensa contra tudo isso que 'tá aí', mas o vídeo por si só é mais incisivo, preciso e já possui toda critica necessária dentro de si. Eis o vídeo na íntegra, sinopse e links para download em alta qualidade.



Produtora: Maria Farinha Produções
Direção: Estela Renner
Produção Executiva: Marcos Nisti

Sinopse: "Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem cinco anos? Por que meu filho sofre tanto se ele não tem o último modelo de um celular? Por que eu não consigo dizer não? Ele pede, eu compro e mesmo assim meu filho sempre quer mais. De onde vem este desejo constante de consumo?" Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real, este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância."

Instituto Alana: http://www.alana.org.br/

Baixe este documentário em alta qualidade de imagem:
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rei i.