sexta-feira, 20 de junho de 2008

Gil Scott-Heron - "The Revolution Will Not Be Televised"



Não, a revolução também não vai ser espetáculo...


Do álbum Pieces Of A Man de 1971

O Sith

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Dica de Vídeo

dica de vídeo...

Olhar Estrangeiro



Tenho esse filme... Os interessados entrem em contato, que discutimos o envio de uma cópia. rasnetoburn@gmail.com

Ras Neto Burn

Uma Questão a Sartre

(postei esse texto na comunidade tempos atrás... e acho bastante relevante a sua leitura... talvez até uma simples e estranha introdução ao existencialismo... simples. Para ver o post na comunidade clique aqui)


Uma Questão a Sartre

No final de "As Palavras", o sr. faz uma pergunta a si mesmo, que é: "O que resta?". E o sr. responde: "Um homem, feito de todos os homens, que os vale a todos e que vale qualquer um". Logo depois do aparecimento de "As Palavras", lhe outorgaram o Prêmio Nobel de Literatura. O sr. o recusou, e isso levou alguém que o sr. aprecia a afirmar sobre isso: "Definitivamente, Sartre é mais qualquer um do que qualquer um".

Jean-Paul Sartre: Bem, quando digo "um homem feito de todos os homens", vale para mim como para todos e significa, conseqüentemente, uma tal comunidade, em profundidade, entre as pessoas, que, verdadeiramente, o que as separa é o que as diferencia; dito de outro modo, acho que é melhor tentar realizar em si, de forma radical, a condição humana, na medida do possível, do que apegar-se a enormes diferenças específicas que chamamos, por exemplo, de talento [...].

Uma certa ligação extrema com a morte, o amor, a família, a necessidade, em um mesmo momento de perigo, faz com que, nesse momento, se atinja a verdadeira realidade humana - ou seja, o conjunto de ligações vividas em todos os termos - limite de nossa condição. É por isso que respeito as pessoas que vivem assim; por exemplo, os camponeses cubanos antes da revolução: na miséria, no sofrimento.

No entanto penso que nessas condições ser "qualquer um" não é simplesmente uma realidade - é também uma tarefa. Quer dizer, recusar todos os sinais distintivos para poder falar em nome de todos, e só se pode falar em nome de todos se se é "todos" - e não procurar, como muitos de meus pobres colegas, os super-homens; mas, ao contrário, ser o mais "homem" possível; quer dizer, o mais parecido com os outros; logo, trata-se de uma tarefa.


Dito de outra maneira, estou totalmente de acordo com um dos ideais de Marx, que afirma que, quando uma desordem na sociedade tiver suprimido a divisão de trabalho, não haverá mais escritores ligados às suas pequenas particularidades de escritores e, de resto, mineiros ou engenheiros, mas existirão homens que escreverão e que, aliás, farão outra coisa, e escreverão nesse momento porque a atividade de escrever é uma atividade absolutamente ligada à condição humana: é o uso da linguagem para fixar a vida. É, portanto, uma coisa essencial.

Mas ela não deve, precisamente por isso, ser entregue a especialistas - atualmente ela é entregue a especialistas em razão da divisão de trabalho -, mas, na realidade, seria necessário conceber homens que fossem polivalentes. Não sei se é realizável. É um outro problema.

Ras Neto Burn.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Sociedade do Espetáculo


"A sociedade que se baseia na indústria moderna não é fortuita ou superficialmente espetacular, ela é fundamentalmente espetaculoísta. No espetáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenrolar é tudo. O espetáculo não deseja chegar a nada que não seja ele mesmo."

"A alienação do espectador em favor do objeto contemplado (que resulta de sua própria atividade inconsciente) se expressa assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende sua própria existência e o seu próprio desejo. A exterioridade do espetáculo aparece no fato de seus próprios gestos já não serem seus, mas de outro que os representa por ele. É por isso que o espectador não se sente em casa lugar nenhum, pois o espetáculo está em toda a parte."

"O espetáculo é o capital em tal grau de acumulação que se torna imagem."

Trechos de A Sociedade do Espetáculo de Guy Debord.

Você e eu estamos nela.

Pense a respeito...

O Sith

Segundo Post

Depois conversações via msn resolvemos criar esse blog, uma extensão da comunidade no orkut Revolução do Um.

O O. Sith me questionava quem nos leria, já que a internet transborda blogs temáticos, e ainda há a falta de interesse vigente na net pelos temas sérios, uma vez que sempre associam-nos aos temas universitários ou acadêmicos. Na verdade eu também me questionava sobre isso.

No entanto pensamos em comum um diferencial interessante, o de que poderiamos falar sobre as coisas como mais despojo e partindo da optica do dia-a-dia, dos temas do instante, e o mais importante: As Ideologias Embutidas Nas Coisas. É sobre essas coisas que queremos ir contra e sobre elas vamos falar contra... Mas nada de palavras bonitas sem ações. O que propomos aqui (ou queremos ajudar a difundir) é a mudança, não é nada que não possa ser feito. É o "bom dia", o "com licença", o "obrigado"; respeito... (Não se perde nada em repetir estas palavras).

Bem, o Blog está aí. Quem sentir vontade, gostando da proposta, e quiser participar, o blog está aberto. E como estamos começando, pedimos para que não se assustem caso nosso início seja meio caótico, nos acertaremos com o tempo!

Ras Neto Burn.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Boas Vindas

Esse blog surge da vontade de escrever sobre as diversas experiências que tem surgido relacionadas à mudança de direção na maneira de se pensar o mundo, e como elas tem se refletido na maneira de pensar de cada um. Idéias que englobam ações como o Software Livre, Economia Solidária ou qualquer outra coisa que fuja à simples lógica capitalista que coloca o lucro como finalidade última de toda e qualquer ação.

Infelizmente, hoje, até mesmo as relações entre as pessoas é totalmente superficial, mediada por interesses. É sobre essas coisas que queremos ir contra e sobre elas vamos falar contra... Mas nada de palavras bonitas sem ações. O que propomos aqui (ou queremos ajudar a difundir) é a mudança, não é nada que não possa ser feito. É o "bom dia", o "com licença", o "obrigado"; respeito...

Sem querer ser piegas; mas nada mais bacana que isso.

Somos seres sociais e, como tais, nos sentimos bem quando nos relacionamos com nossos iguais. Sobre essas pequenas mudanças estamos falando então. Sobre elas e sobre a mudança de cada um. Se as coisas estão de cabeça pra baixo como as vemos é porque nós mesmos estamos do avesso... Se não posso "não competir" com o outro a todo instante, que tipo de paz eu procuro? Que tipo de paz eu encontro? O mundo só reflete a desordem de todos nós...

De qualquer forma, já estamos caminhando pra essa mudança. Só queremos acelerar o processo.

E, no mais...

...Sem mais.

Só espero que esse blog faça algum sentido e dure mais que alguns dias e empolgação momentânea.

O Sith